É ótimo ver que empresasa a beira da falência resolvem apostar suas fichas no software livre e, com isso, conseguem se reerguer e ter um diferencial computacional invejável.
Mainframe e computação distribuída: a conexão Linux
Nesta segunda parte do especial, você entenderá como o ambiente de código aberto pode reunir mainframe e computação distribuída |
A quase falência da empresa Winn-Dixie foi um processo doloroso que acabou por criar uma área de TI nova e melhor; a companhia de alimentos hoje mostra resultados financeiros sólidos. Uma forma menos radical de unir as equipes e fazê-las colocar de lado as diferenças e focar no negócio é ir direto para o ponto de integração central: seu ambiente Linux. Não o sistema operacional em si, mas os aplicativos. “Se você está focado em serviços web com mecanismo Linux, você nem sequer deveria pensar em plataforma. Ela só importa quando você começar a mapear seus dados. Deixe que seu banco de dados base e o desempenho necessário digam qual plataforma hospeda os servidores de aplicativos. A resposta, normalmente, está bem na sua frente, se você estiver prestando atenção”, disse Mark Malinoski, arquiteto-sênior de aplicativos de uma empresa de plano de saúde nos Estados Unidos que já trabalhou com os dois ambientes. Leia também a primeira parte da reportagem: Duas tribos, um futuro: o uso de mainframes em TI O problema é que muitos de nós não prestamos atenção. Enquanto 89% dos entrevistados que têm Linux em mainframe também o usam nas plataformas distribuídas, apenas 27% deles têm uma equipe única coordenada via Linux. O restante tem grupos separados, às vezes com pouca ou nenhuma integração. Aqui está um fruto real ao alcance das mãos. Os CIOs podem não só levar melhor as duas equipes, mas também podem colocá-los no caminho certo para trabalharem juntos no sistema operacional. No entanto, não espere que ninguém se anime. Um diretor da instituição financeira Midwest disse que seu grupo está, efetivamente, olhando para z/VM, mas está sendo desencorajado. “A equipe do Linux está com medo de herdar o z/OS quando os que o usam hoje se aposentarem”, disse ele. Eles não precisam se preocupar porque o ambiente não é tão diferente. Na verdade, a CA nos contou sobre um teste feito internamente em que mostraram aos engenheiros duas instâncias Linux: uma em um mainframe e a outra em um x86. A maioria não soube diferenciá-los. Portanto, a preocupação da equipe pode ser real, mas não é nada insuperável. Se você conseguir unir as equipes de sistema operacional e aplicativos, o próximo passo deve ser ultrapassar a barreira da virtualização. Mais uma vez, pouquíssimas empresas estão utilizando a virtualização como uma estratégia corporativa única por todas as plataformas. A maioria trabalha em silos de departamentos sem coordenação completa. Nossa pesquisa mostrou uma variedade de hosts, como VMware, z/VM e Citrix como os três ambientes mais requisitados. No entanto, há uma desconexão clara quando se trata do processo de seleção da plataforma. A maioria das empresas que não usa mainframe, nem sequer considera big iron como opção para virtualizar seus ambientes distribuídos. Mesmo que uma empresa tenha mainframe, 24% ainda não o consideram uma opção para virtualização de servidor distribuído. Isso é pura miopia. Não há apenas uma possível experiência significativa no fundamento da virtualização pelo lado do mainframe, mas é bem provável que você já tenha pagado pela licença. A IBM revisou e adicionou novas ferramentas aos seus programas há alguns anos, incluindo licenças separadas para Linux e z/VM. Mas isso não significa que apenas áreas distribuídas deveriam considerar o uso de mainframe, é claro, mas se você já tem um, seu plano de virtualização Linux pode aumentar o investimento existente, especialmente se o banco de dados principal é direcionado para os servidores Linux que estão em mainframe. No entanto, também não estamos dizendo que tudo deve ser virtualizado, em mainframe ou em qualquer outra coisa. Sempre haverá casos em que instalações tradicionais serão feitas – sistemas com periféricos integrados, aplicativos que fazem ligações entre hardware e ferramentas de segurança também. Mas as áreas de TI que não têm planos de virtualização provavelmente ainda estão agarradas aos seus CDs de Banyan Vines, esperando pela ressurreição. Charlie Weston, vice-presidente de TI de um dos grupos da Winn-Dixie, confirma os níveis de confiança e foco que uma área integrada pode ter quando se trata de virtualizar um ambiente Windows. No momento, a Winn-Dixie está “virtualizando tudo” e trazendo o processamento de sites remotos de volta a um centro virtualizado. A escolha da plataforma de virtualização (mainframe ou x86) depende apenas de qual delas é mais apropriada para o aplicativo. Essa sim é uma trégua que todos podemos adotar. Fatos rápidos: O que mais os CIOs precisam levar em consideração ao unir equipes?
*Michael Healy é o presidente do grupo Yeoman Technology e um colaborador da InformationWeek e da Network Computing. Ele tem mais de 23 anos de experiência em tecnologia e integração de software. |